Líderes dizem que metade das reuniões é inútil
- comunicacaomeb
- 16 de mar. de 2023
- 2 min de leitura

Se os funcionários estão cansados de tantas reuniões, imagine os gestores.
Um levantamento com mais de 10 mil profissionais administrativos realizado pelo consórcio de pesquisas Future Forum indica que a liderança passa, em média, 25 horas por semana em encontros presenciais ou online — 46% deles inúteis, na visão dos entrevistados. Já os liderados gastam 10,6 horas por semana. A pergunta é: por que as pessoas continuam perdendo tempo?
Para os gestores, a principal razão é a expectativa de que a conversa será produtiva, o que acaba não acontecendo. Em segundo lugar vem o receio de perder algo importante e a necessidade de mostrar ao chefe que estão trabalhando (e comprometidos com o emprego). Entre os liderados, o motivo número um de bater ponto em reuniões inúteis é bem menos complexo: eles não têm escolha.
Esse excesso vem sendo assunto corrente entre gestores e profissionais de RH, porque compromete a produtividade e causa prejuízos financeiros. Uma pesquisa da plataforma de colaboração online Otter.ai concluiu que as perdas chegam a 100 milhões de dólares ao ano em grandes companhias.
Na empresa canadense de comércio eletrônico Shopify, é proibido fazer reuniões às quartas-feiras. Em janeiro, a companhia passou a pedir que os funcionários eliminassem da agenda as reuniões recorrentes com mais de duas pessoas e restringissem as que concentram mais de 50 participantes. O CEO, Tobi Lutke, também incentiva que os profissionais se retirem de grandes grupos de bate-papo internos.
O levantamento da Otter.ai também mostrou que, apesar dos problemas, 78% dos gestores nunca falam sobre a importância de dizer “não” a convites para encontros desnecessários. E 71% dos funcionários teriam condições de recusar a participação em eventos que não precisam da presença deles caso a ata da conversa fosse compartilhada com todos, e não apenas com quem esteve reunido.
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