Por um olhar de cuidado que não se prenda ao Setembro Amarelo
- comunicacaomeb
- 4 de set.
- 3 min de leitura

O Setembro Amarelo, mês de conscientização sobre a prevenção ao suicídio, abre espaço para uma reflexão urgente dentro das organizações, a saúde mental precisa ser tratada como prioridade estratégica.
Levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a depressão já é a principal causa de afastamento do trabalho no mundo. No Brasil, dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho indicam que, entre 2012 e 2023, mais de 1 milhão de afastamentos foram relacionados a transtornos mentais, o que representa impacto direto no bem-estar das equipes.
Para Alexandre Slivnik, vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), empresas que cultivam ambientes de escuta e acolhimento conseguem transformar a vida de seus colaboradores e, consequentemente, o relacionamento com os clientes.
“Mais do que liderar equipes, o gestor do século XXI precisa criar espaços seguros, nos quais as pessoas possam falar sobre seus desafios sem medo de julgamento. A cultura de diálogo é um fator de proteção emocional e um motor para o engajamento”, afirma.
De olho nos dados
Plataforma especializada em gestão de saúde emocional corporativa, a Moodar recém lançou a terceira edição do seu Relatório de Segurança Psicológica em Organizações. Segundo a cofundadora e diretora executiva da marca, Bárbara Medeiros Lippi, a pesquisa tem potencial de servir como referência para gestores e profissionais de Recursos Humanos.
Entre alguns dos dados trazidos no levantamento, fica o destaque à correlação direta entre riscos psicossociais e segurança psicológica no trabalho: 57% da percepção de segurança psicológica e 56% da satisfação dos colaboradores (eNPS, ou employee Net Promoter Score, método que permite às organizações medirem o nível de lealdade dos seus colaboradores) podem ser explicados pelos riscos psicossociais.
Outro dado que chama a atenção é de que cerca de 26,9% da força de trabalho segue em risco emocional moderado ou elevado, o que significa que um em cada quatro trabalhadores vive em estado de vulnerabilidade significativa. Além disso, os dados mostram que liderança ineficaz, ausência de apoio dos superiores e falta de possibilidades de desenvolvimento são gatilhos que corroem a sensação de segurança psicológica e reduzem o engajamento e a satisfação dos colaboradores.
“Embora exista maior consciência sobre o tema, as empresas ainda enfrentam desafios para transformar boas intenções em ambientes verdadeiramente seguros e sustentáveis”, salienta Bárbara.
Como tratar a saúde mental de forma contínua para além do Setembro Amarelo?
Pesquisas da Gallup mostram que colaboradores que recebem reconhecimento frequente são até três vezes mais engajados e apresentam maior satisfação no trabalho. O reflexo disso é sentido diretamente na produtividade: equipes que se sentem valorizadas podem aumentar em até 24% a rentabilidade das empresas. Slivnik defende que ouvir com empatia e reforçar comportamentos positivos fortalece a confiança. “O encantamento do cliente começa dentro de casa, com o time sendo reconhecido pelo que faz de melhor”, diz.
Empresas que investem em programas estruturados de bem-estar conseguem resultados tangíveis. Um estudo da Deloitte revelou que cada dólar investido em saúde mental corporativa pode gerar retorno de até quatro dólares, por meio da redução de turnover, absenteísmo e aumento de produtividade.
Na visão de Slivnik, negligenciar esse tema significa perder vantagem competitiva. “Quando o colaborador sente que a empresa se preocupa genuinamente com seu bem-estar, ele se engaja mais, fica menos suscetível a rotatividade e leva esse cuidado para o dia a dia”, afirma. “O engajamento dos colaboradores de uma empresa sempre seguirá a lei da gravidade: começa de cima para baixo. Líderes que dão o exemplo criam equipes fortes, resilientes e inspiradas”, acrescenta.
Para Bárbara, o desafio é dar o próximo passo e transformar políticas de conscientização em práticas consistentes de gestão, com o RH cada vez mais participativo nas iniciativas - e com o Setembro Amarelo sendo um impulsionador, não um período único de ações.
“Só assim a saúde mental deixará de ser pauta de campanha para se tornar um pilar permanente de sustentabilidade e engajamento nas organizações", comenta. “A transformação acontece quando a saúde mental deixa de ser vista como um custo ou benefício pontual e passa a ser tratada como um investimento estratégico em pessoas e resultados de longo prazo", finaliza a executiva.















































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